A capital se prepara para sediar, amanhã, a 19ª edição do Porão do Rock. Serão 12 horas de muita música e 28 atrações, entre bandas nacionais e do Distrito Federal, divididas em 3 palcos que receberão destaques do cenário do rock brasileiro. O festival acontece a partir das 15h, no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha.
Atrações já consagradas do rock nacional dividem espaço com jovens talentos e bandas alternativas de vários Estados do País, promovendo uma interação entre as personalidades da música brasileira. Este ano, o festival traz Ira!, Planet Hemp, Emicida, Nação Zumbi, Supla, Zumbis dos Espaço e mais 14 bandas do Distrito Federal, entre elas, Os Gatunos, Almirante Shiva e Passo Largo.
Só faltava o Porão do Rock para fechar a lista de apresentações em festivais do Ira! nestes 30 anos de carreira. “Brasília é uma capital importante no circuito roqueiro brasileiro, os brasilienses têm o rock como praticamente uma música regional, por isso, a nossa expectativa é muito grande”, opina Nasi.
Segundo ele, festivais como o Porão são espaços democráticos para a música brasileira e para o rock nacional. “Isso oxigena o cenário brasileiro e faz com que artistas de várias regiões diferentes possam ser ouvidos”, explica. Os paulistas se apresentam por volta das 23h55, no palco Chilli Beans.
O movimento manguebeat também aterrissa na cidade pelo som da Nação Zumbi. “Enquanto tiver Nação Zumbi, existirá manguebeat”, garante o guitarrista Lúcio Maia. Os pernambucanos celebram, no palco do Porão, os 20 anos de Afrociberdelia, segundo álbum do grupo, que à época era liderado por Chico Science. A apresentação está marcada para às 21h25, no palco Budweiser.
Desde 1998, em suas 18 edições consecutivas, o festival Porão do Rock foi assistido por mais de 1 milhão de pessoas, reunindo 426 bandas e artistas. Só da cena local, são 221 bandas. Outros 17 Estados brasileiros já foram representados no evento por meio de 170 artistas. Além disso, 35 nomes internacionais marcaram presença no Porão do Rock (ou em projetos com a marca), dentre eles, Soulfly (EUA), Cavalera Conspiracy (EUA), CJ Ramone (EUA), The Hives (Suécia) e Nightwish (Finlândia).
Lambada, country e surf music
Um dos representantes do Distrito Federal é o trio Os Gatunos, que define seu som como “surf music instrumental popular de boteco”. Criado em 2013, quando ainda tocava covers, o grupo formado por Fabrício Paçoca, Felipe Rodriguez e Marcelo Melo lançou álbum autoral este ano. “O disco traz um pouco de lambada, country e surf music, tudo instrumental. Vamos um pouco além do surf music da Califórnia dos anos 1960”, explica o guitarrista Fabrício.
Animado com a oportunidade de se apresentar no Porão, o músico promete apresentar o melhor show possível, apesar das adversidades. “Somos zebrinhas no festival, afinal, somos um trio de instrumental no Porão do Rock, mas estamos muito felizes com a oportunidade de dividir espaço com tanta gente talentosa”, conta, não sem antes adiantar que o show vai contar com participações especiais.
Os Gatunos ficaram em segundo lugar na seletiva do Plano Piloto que escolhe quem participa do festival. “Fizemos uma performance mais despojada e acho que isso agradou o júri e o público”, opina Fabrício, que já havia participado da seletiva do festival no ano passado. A banda se apresenta às 16h, no palco Budweiser.
Causas sociais
Além de trazer o rock nacional para a cidade, o Porão do Rock também se dedica a causas sociais, como o Rock contra a Fome. De 2003 até o ano passado, o festival já conseguiu arrecadar mais de 220 toneladas de alimentos imperecíveis por meio de doações obrigatórias do público.
O festival conta ainda com o estande Porão Sustentável, que reúne ações voltadas para a sustentabilidade, acessibilidade e inclusão social. E garante R$ 5 de desconto a todos que forem ao evento de bicicleta.
Serviço:
Amanhã, a partir das 15h. No estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha (Eixo Monumental). Ingressos para a pista custam R$ 20, mediante doação de 1 kg de alimento imperecível (menos sal e fubá). Informações: poraodorock.com.br. Não recomendado para menores de 16 anos.
Fonte: Jornal de Brasília
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