Um clube do Distrito Federal participará de uma competição internacional pela primeira vez na história em 2015. Mas o momento que podia ser de festa está mais para indefinição: o Brasília Futebol Clube não sabe com quais jogadores entrará em campo na Copa Sul-Americana, já que a maior parte do grupo pode deixar o clube nos próximos dias. Campeão da Copa Verde de 2014, o Brasília foi vice distrital neste ano e não conseguiu a vaga na Série D do Brasileirão, que acabou ficando com o Gama.
Assim, o Brasília tem apenas dois jogos oficiais a disputar daqui em diante na temporada, justamente os compromissos pelo torneio continental. A equipe fundada em 1975 não participará de qualquer competição nacional em 2015, temporada seguinte à maior conquista da história. O acontecimento, definido como "patético, bizarro e quixotesco" por um dirigente do clube, fará com que o Brasília monte todo um elenco para possivelmente jogar apenas duas vezes na fase nacional da Sul-Americana.
Isso demonstra a desorganização do futebol brasileiro. É pouco crível que um time ganhe um campeonato que o habilite para uma competição internacional e fique sem calendário no ano seguinte. É uma incoerência, não condiz com o bom senso – diz, ao L!, um dos acionistas e ex-presidente do clube, o advogado Luis Carlos Alcoforado.
Há dois meses, o Brasília foi vendido por Alcoforado a um grupo de empresários dos Emirados Árabes que tem escritório no Brasil. Os novos investidores, mantidos em sigilo por todas as pessoas ouvidas pelo LANCE!, elegeram um representante, que é o também advogado Luis Felipe Belmonte, e já ajudaram na montagem do elenco para o Campeonato Brasiliense.
Belmonte responde por 96% das ações do Brasília, enquanto o ex-presidente Alcoforado tem 3% e o diretor Roberto Marques mais 1%. Como viaja com frequência à Inglaterra, o acionista majoritário escolheu um executivo para gerir o clube em sua ausência: José Carlos Brunoro.
No Brasil, o conceituado profissional terá uma difícil missão: montar um time que está prestes a viver o maior momento de sua história. E com tudo jogando contra.
BRASÍLIA DESDE O TÍTULO DA COPA VERDE DE 2014:
Questionamento - Vice-campeão da Copa Verde, o Paysandu alegou que o Brasília usou quatro jogadores irregulares na final. STJD deu ganho de causa aos paraenses, mas o time do Distrito Federal recorreu e venceu a disputa no Pleno do STJD, em novembro.
Sem calendário - Brasília também havia sido vice-campeão estadual em 2014, e não teria calendário nacional. Além disso, também ficou sem a Sul-Americana, já que a decisão de abril (em campo) acabou confirmada só em novembro (nos tribunais). Clube deu férias.
Dívida - Brasília enfrentou problemas financeiros desde o meio do ano passado. Sem calendário e sem arrecadação, chegou a dever três meses de salários para o grupo que esperava definições. Os valores só foram acertados pela nova administração.
Venda a grupo - Grupo com sede nos Emirados Árabes e escritório no Brasil assumiu as dívidas, em torno de R$ 1 milhão, e comprou 96% das ações do Brasília por um valor não revelado. Representante foi nomeado, mas não fará grande investimento ainda este ano.
Possibilidades - Brasília considerou entrar com a base ou com um time formado por jogadores emprestados de algum clube parceiro na Sul-Americana. “Venda” de vaga ao Paysandu, segundo a versão oficial, não foi nem sequer discutida internamente.
Sem calendário - Brasília também havia sido vice-campeão estadual em 2014, e não teria calendário nacional. Além disso, também ficou sem a Sul-Americana, já que a decisão de abril (em campo) acabou confirmada só em novembro (nos tribunais). Clube deu férias.
Dívida - Brasília enfrentou problemas financeiros desde o meio do ano passado. Sem calendário e sem arrecadação, chegou a dever três meses de salários para o grupo que esperava definições. Os valores só foram acertados pela nova administração.
Venda a grupo - Grupo com sede nos Emirados Árabes e escritório no Brasil assumiu as dívidas, em torno de R$ 1 milhão, e comprou 96% das ações do Brasília por um valor não revelado. Representante foi nomeado, mas não fará grande investimento ainda este ano.
Possibilidades - Brasília considerou entrar com a base ou com um time formado por jogadores emprestados de algum clube parceiro na Sul-Americana. “Venda” de vaga ao Paysandu, segundo a versão oficial, não foi nem sequer discutida internamente.
COM A PALAVRA
RICARDO BORGES, diretor executivo do Bom Senso FC
RICARDO BORGES, diretor executivo do Bom Senso FC
"É um absurdo! É uma situação bem flagrante, que demonstra de forma nítida o absurdo que é o calendário brasileiro. Semana passada fomos à audiência pública da MP do Profut e levamos o Alex e um jogador chamado Pedro Ayub, que é o capitão do Brasília. Lá ele explicou a todos os deputados o que era o problema do calendário, porque o clube fica parado por quase quatro meses, vários atletas serão dispensados e outros têm contrato, mas não jogam. Também tem o lado do clube... como ele vai manter salários por quatro meses sabendo que pode fazer dois jogos? É uma situação cítica para todas as partes".
Fonte: Leia mais no LANCENET! http://www.lancenet.com.br/minuto/Bizarro-calendario-nacional-Brasilia-Sul-Americana_0_1355264647.html#ixzz3cZBaOZ9U © 1997-2015 Todos os direitos reservados a Areté Editorial S.A Diário LANCE!
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