Entre os problemas, estão a falta de água quente nos vestiários e as goteiras na cobertura
Dois anos depois da reinauguração do Mané Garrincha, os primeiros problemas estruturais reapareceram. Desde então, o estádio recebeu 55 jogos. Mas os piores defeitos daquela primeira semana voltaram à tona nos últimos confrontos: falta de água quente nos vestiários, goteiras na cobertura e gramado em más condições. O último a reclamar da arena de R$ 1,4 bilhão — valor informado pelo GDF no ano passado — foi o comandante do Atlético-MG, Levir Culpi.
As queixas do técnico foram feitas no SporTV, na noite de segunda-feira. “É um absurdo um estádio que custou o que custou e que foi de Copa do Mundo não ter água quente para os jogadores”, reclamou, emendando críticas ao gramado. O Galo jogou no Mané no domingo e goleou o Fluminense por 4 x 1. A reportagem do Correio ainda encontrou banheiros sem papel higiênico e bebedouros sem água, além de elevadores e escadas desativados.
O problema no aquecimento da água estava corrigido desde 2013, mas voltou a incomodar. Naquele ano, na partida de reabertura do Mané, Neymar e colegas tiveram de tomar banho gelado logo depois do empate em 0 x 0 entre Santos e Flamengo. Os técnicos Jorginho, Muricy Ramalho e Paulo Autuori reclamaram da falta de água quente nos primeiros jogos do estádio.
Em entrevista ao Correio, o secretário de Turismo do DF, Jaime Recena, reconheceu a falha nos boilers (aquecedores elétricos de acumulação) no jogo de domingo. “Temos de fazer uma avaliação técnica no local e identificar a causa”, disse o secretário, sem estimar prazo para correção do defeito. Sobre o desligamento de escadas e elevadores, ele ressaltou que há uma licitação prevista para a segunda-feira, na qual espera-se a definição da empresa responsável pela manutenção da área. O custo mensal da arena está em R$ 600 mil, segundo Recena.
Desnível
Também alvo de críticas constantes de técnicos e jogadores, o gramado do Mané Garrincha está praticamente abandonado. O piso verde não passa por reparos desde dezembro de 2014, quando acabou o contrato entre GDF e a Greenleaf, empresa que cuidava do setor. Desde então, houve apenas “cuidados paliativos”, como irrigação e corte.
O reparo completo ficará para depois de Atlético-GO x Botafogo, marcado para sábado no Mané. A próxima empresa destinada à manutenção do gramado começará os trabalhos somente após a assinatura do contrato, prevista para a semana que vem. “Depois do jogo, o estádio estará fechado por 20 dias”, promete o secretário. Apesar disso, o São Paulo negocia para jogar aqui contra o Santos, em 3 de junho.
Nas três partidas realizadas no local em 2015, outros defeitos se repetiram. No jogo de ida da final do Candangão, Gama x Brasília, em 25 de abril, quem ocupou parte da arquibancada inferior atrás do banco de reservas sofreu com as goteiras na cobertura — houve até quem usasse capa de chuva. Na partida de volta, em 2 de maio, integrantes de uma organizada do alviverde fecharam um dos setores do anel inferior, controlando a passagem de torcedores comuns. No lado de fora, apenas uma bilheteria móvel vendia ingressos, o que gerou longas filas e atraso na entrada de torcedores.
Recena afirma desconhecer o problema de goteiras. A ocupação indevida de torcedores nas arquibancadas e a bilheteria única, o secretário atribui ao organizador de cada jogo.
Fonte: http://www.df.superesportes.com.br/
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