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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Campeonato Candango dará ao vencedor duas temporadas de competições

O Candangão 2016 já é considerado pelos clubes, jogadores e dirigentes como uma das competições mais importantes dos últimos tempos no futebol do Distrito Federal. Com a portaria da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que diz que os campeões estaduais terão vaga garantida por dois anos, o título da competição local dará ao clube vencedor um calendário de dois anos completos, algo raro de acontecer com os times da capital. 
Além dos Brasileiros da Série D de 2016 e 2017, o campeão ainda disputará a Copa do Brasil e Copa Verde, que neste ano terá Gama e Brasília como participantes.
Atual campeão candango, o Gama é o favorito para mais um título. O Periquito venceu seu 11º título e manteve grande parte de seus jogadores. Nomes como o do goleiro Pereira, o atacante Gampola, autor de dois gols na final do ano passado contra o Brasília, e o zagueiro Pedrão fazem parte do time titular que encara o estreante na primeira divisão, o Planaltina-GO, domingo, às 16h, no estádio Bezerrão.
“Quando voltei para o Gama, era um time que ninguém respeitava mais, desacreditado, essa era a nossa realidade. Mas o Gama não podia ficar daquele jeito, pois tem muita tradição. Conseguimos conquistar o título e hoje somos o clube a ser batido. Somos os favoritos ao título e temos que manter isso”, exalta o zagueiro e capitão Pedrão.
Ainda na pré-temporada, o veterano volante Baiano deixou o clube para atuar no Brasília, que pagou a multa do jogador de R$ 100 mil e o contratou. “O Baiano dispensa comentários, pois seu currículo fala por ele. É uma excelente pessoa, parceiro que temos, mas saiu, passou. Os que estão aqui vão dar conta do recado”, garante o zagueiro.
Baiano é o principal nome do Colorado, que também manteve grande parte dos jogadores do ano passado, quando foi o vice-campeão do Candangão. 
O Colorado é um dos favoritos ao título ao lado do Alviverde, e conta com a experiência do volante que conquistou dois títulos locais. 
Com as cores de Brasiliense e Gama, Baiano levantou a taça de 2013 e 2015, respectivamente. Curiosamente, nos últimos três anos, o Brasília acabou amargando o vice.
O Colorado estreia amanhã, às 16h, no Serra do Lago, em Luziânia, contra o Taguatinga, campeão da segundona candanga de 2016.
Equilíbrio por toda a tabela classificatória
A disputa do Candangão será com a mesma fórmula do ano passado. Além de Gama, Brasília, Planaltina-GO e Taguatinga, outras oito equipes compõem a primeira divisão: Brasiliense, Ceilândia, Sobradinho, Santa Maria, Cruzeiro, Luziânia, Formosa e Paracatu.
Todas se enfrentam em turno único e os oito primeiros se classificam para a segunda fase, que conta com quartas, semi e final, em jogos de ida e volta. 
Para o dirigente do Brasiliense, Paulo Henrique, o campeonato será marcado pelo equilíbrio entre os times que o disputam. “Acho que vai ser um campeonato disputado. Pegue o Luziânia, por exemplo. Se você olhar o elenco, vai ver que está acostumado a jogar essa competição. É um time que já vem jogando junto a muito tempo”, explica. 
O dirigente acredita que esse equilíbrio é ainda maior por conta dos clubes de menor expressão. “ Tem aqueles times que você não ouve falar muito, como o Planaltina-GO, que fez quatro amistosos e não perdeu nenhumAcho que vai ser um dos melhores campeonatos dos últimos anos”, finaliza.
livres para decidir
Uma das discussões mais complexas todos os anos diz respeito aos ingressos. Nesta edição, ficou acordado que todos os clubes estarão çivres para definir o valor dos tíquetes em seus mandos de campo. A única exigência para os clubes é que o preço seja igual para a torcida mandante e para os visitantes.
Jacaré quer voltar a morder títulos
Em queda livre desde o último título candango, em 2013, o Brasiliense tenta começar uma reviravolta no seu cenário atual. De time mais temido e com poder financeiro para trazer nomes interessantes, o Jacaré aposta numa política mais polida.
Os nomes escolhidos, no entanto, foram escolhidos para trazer mais experiência para o jovem grupo que restou com contrato no clube. “Mudamos muito, trouxemos 15 jogadores e só sobraram dez do ano passado que já tinham contrato com o Brasiliense. Estamos vindo para ser campeão. O pensamento é esse, trouxemos jogadores experientes como o André Luiz, Caio, a volta do Ramon que chegou essa semana, expectativa alta para o campeonato”, afirma Paulo Henrique.
Em dois anos, o Brasiliense teve mais lamentações do que glórias. Saiu das divisões do Brasileiro, e teve pífia participação no Candangão de 2014 e 2015.
“Temos que ter uma mudança de atitude. Temos que  ter comprometimento, porque esse campeonato brasiliense, para todos os clubes, vale um calendário de quase três anos. E é isso que estamos tentando colocar na cabeça de todo mundo. É importante concientizar o pessoal quanto a isso”, esclarece o diretor.
Na estreia, o Brasiliense recebe o Santa Maria amanhã, no estádio Abadião, sua nova casa para a temporada, às 16h. A equipe do técnico  Christian Ramos, novamente aposta em seus jovens jogadores mesclados a outros que moram na cidade.
Correndo por fora
Campeão no ano da Copa do Mundo no Brasil, o forasteiro Luziânia é um clube que tem incomodado os grandes da capital nos últimos anos. Neste ano, sob o comando do técnico que levou o clube ao seu primeiro importante título, Ricardo Antônio, o Azulino Celeste pode surpreender mais uma vez. No domingo, o Luziânia receba o Paracatu na Serra do Lago, às 16h. O time mineiro é treinado pelo técnico Gauchinho, vice-campeão candango em 2013 com o Brasília. No outro jogo da rodada inicial, o Sobradinho do goleiro Welder (ex-Brasiliense e Brasília) recebe o Formosa, do treinador Marquinhos Bahia. A partida acontece amanhã, no Augustinho Lima, às 16h.
Highlander 2, a missão
Depois de ver o atacante Dimba atuar por longos anos no futebol candango antes de se aposentar em 2014, outro velho conhecido dos gramados do DF está de volta. O meia Iranildo é a grande atração do Planaltina-GO, depois de dois anos de ausência dos campos.
Entrosamento para voltar aos trilhos
Entra ano e sai ano, há sempre duas certezas no que o Ceilândia vai apresentar no Campeonato Candango: o técnico Adelson Almeida e sua equipe bem armada defensivamente. 
Fiel a jogadores do elenco, Adelson terá velhos conhecidos para tentar levar o Gato Preto novamente ao título. É o caso dos laterais Dudu e Kabrine, do zagueiro Badhuga, dos volantes Clécio, Didão e Liel, do meia Filipe Cirne, do atacante Cássio entre outros. 
“Estamos nos preparando bem dentro do possível. Vários  jogadores  já atuaram  juntos  no próprio Ceilândia, penso que  o entrosamento pode ser  um  destaque”, avalia o comandante. 
O Alvinegro estreia amanhã contra o Cruzeiro, às 16h, no estádio do Abadião. A casa, que sempre foi dividida com o Ceilandense, terá o Brasiliense como um dos mandantes. A cor amarela espalhada pelo estádio não agrada Adelson.
“Acho indelicadeza da parte de quem pintou na cor do Brasiliense”, admite o técnico, que não liga de dividir o espaço com o Jacaré na temporada. 
Colorado investe pesado
Primeiro clube a se apresentar para a temporada 2016, o Brasília aumentou os investimentos para se livrar da alcunha de “eterno vice-campeão”. As provocações que partem de torcedores de Luziânia, Brasiliense e Gama - equipes que venceram o Colorado na decisão local -  incomodam e a diretoria resolveu agir. 
A manutenção do elenco e a chegada do diretor de futebol Leandro Rodrigues, genro do técnico Vanderlei Luxemburgo, reforçam a intenção de ver o time crescer e buscar novos voos.
Além de Baiano, chegaram ao clube nomes como Gilmar, Nelinho, Marcelo Carné e Lorran. Do elenco que surpreendeu na Copa Sul-Americana em 2015, 15 atletas foram mantidos e outros 13 contratados. A espinha dorsal do time de Omar Feitosa está garantida, entre eles Artur, Dedê, André, Índio, Pedro Ayub, Breno, Victor Hugo, Anjinho e Giba.
O presidente Luis Felipe Belmonte aposta em um projeto “com começo, meio e sem fim” para ter calendário nos próximos anos. Em 2016, o time está garantido no Candangão, na Copa do Brasil e na Copa Verde, podendo disputar também a Série D. 
Repatriado após ameaça de ação judicial por atraso de salário na gestão anterior, de Luiz Carlos Alcoforado, o meia Gilmar retorna animado e sem mágoas.
“Gostei do que vi, totalmente diferente daquele ano que fomos campeões (Copa Verde), principalmente em termos de estrutura e planejamento”, ressalta. 
A estreia será no estádio Serra do Lago, amanhã, às 16h, contra o Taguatinga. O Mané Garrincha foi vetado pelo GDF.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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