Com 5 anos de Brasília, o goleiro Artur é um dos grandes nomes do Avião do Cerrado na busca pelos títulos de 2016 e um dos mais conhecidos pela torcida.
Esteve em momentos marcantes na história recente do clube, como na participação do clube na Copa Sul-Americana e no título da Copa Verde, onde foi o grande herói da final diante do Paysandu, no Mané Garrincha.
Confira a entrevista com o jogador, falando da sua história no futebol, a histórica Copa Verde de 2014, a expectativa para a temporada deste ano e o trabalho no dia a dia no clube.
1- Como foi o seu começo no futebol?
Comecei jogando futsal e depois fui para o campo, no Sobradinho, ainda no infantil. No juvenil eu joguei no Goiás. Voltei e fui para o Brasiliense. Passei pelo Gama, na série D. Agora estou no Brasília já faz 5 anos.
Uma pessoa que me ajudou muito foi o Guto, treinador de goleiros do Brasiliense. Eu treinava no profissional e jogava nos juniores. Um cara espetacular e até hoje a gente mantém contato. Ele, o Alex (ex-treinador de goleiros do Brasília) que estava com o grupo na Copa Verde de 2014 e o Marcão, nosso atual treinador. São três caras que me ajudaram a ser o que sou hoje, inclusive na minha índole.
2- E a sua chegada ao Brasília, como foi?
Cheguei em novembro de 2011, quando o time já estava na preparação pra temporada de 2012. O Régis me trouxe do Gama. O treinador do Brasília era o Gauchinho e o goleiro era o Marcão, nosso atual treinador de goleiro.
Fui titular na segunda divisão e subimos. No Candangão de 2013 o titular foi o Marcão e ele foi muito bem. Conseguimos o vice campeonato e a vaga na série D, quando voltei a ser titular com o professor Marcos Soares. Fui titular também na copa verde e na Sul-Americana. Agora o Omar chegou e me manteve.
Nos 5 anos de clube fui titular em 4 temporadas. Em 2016 espero manter o trabalho, mas sempre respeitando todo mundo. Trabalho forte todo dia e o importante é manter a sequência muito positiva.
3- Você foi um dos ícones daquele título da Copa Verde de 2014. Como foi pra você aquela competição?
É difícil até explicar. Aquela Copa Verde foi inesquecível pra todo mundo. Pra mim, particularmente, foi excelente. Só fui tomar gol na semifinal contra o Brasiliense, só no jogo da ida.
Fiz uma competição praticamente perfeita. Pelo merecimento que eu e o grupo tivemos, fui coroado na final, podendo ser um dos protagonista. Parece que Deus colocou tudo encaminhado para que aquele momento acontecesse.
Quem viu a competição e assistiu aos nossos jogos, sabe como foi. Viajar, jogar, tinha o Candangão e a Copa do Brasil em cima. Chegamos a jogar 7 jogos em 2 semanas. Quem estava perto viu o quanto sofremos pra ser campeões.
Foi excelente olhar aquele estádio cheio, em casa, poder ver os amigos, a família, todo mundo. Brasília inteira parou pra ver a gente. E, no final, eu ser um dos principais e defender dois pênaltis é inexplicável, não tem como apagar. Fomos os primeiros campeões da Copa Verde e isso está em tudo quanto é lugar que você procurar.
4- A Copa Verde foi o ápice da sua carreira?
Sim. É título importante, jogando, sendo o menos vazado, pegando pênaltis na final. É uma coisa inexplicável. Até hoje, mesmo jogando e não levando gol na sul-americana contra time de série A, a Copa Verde foi inexplicável. Em casa, com estádio cheio e título. Daqui pra frente vou tentar conquistar coisas maiores ainda, mas até hoje foi aquela final.
5- Atualmente o Brasília conta com excelentes goleiros, tanto no profissional quanto nos juniores. Como é essa disputa pela titularidade com o Carné e o treino com os jovens Fábio e Luan?
Nos últimos anos podemos fazer e participar da história. Temos uma diretoria séria, com o doutor Belmonte. Um cara sério, que gosta muito de futebol e que está ajudando o clube a dar sequência na história que estamos construindo.
Depois do Marcão e do Fernando, é muito bom estar com o Carné, um cara parceiro, tranquilo. Conversamos muito. Ele é um cara que já rodou muito, jogou série B, no Flamengo. Um cara espetacular. Isso acaba fazendo que a gente treine mais, mantendo o alto nível numa briga saudável para ver quem vai ser o titular.
Os meninos da base, o Luan e o Fábio, vem pra somar. O que o Guto me ensinou quando era profissional e eu era júnior, é o que eu tenho pra passar para o Fábio, que já está no Brasília há 2 anos, e para o Luan, que chegou agora a pouco. São dois meninos muito bons, que com certeza vão render bons frutos para o clube.
Eu e o Carné sempre tentamos passar coisas boas pra eles, sempre dando aquelas dicas nos treinamentos, no dia a dia, pra que eles possam evoluir. Como eu pude escutar o Guto e aprendi muito, espero que eles nos escutem e possam aprender cada vez mais.
6- Na sua opinião, você leva vantagem na briga pela titularidade pela história que você construiu aqui no Brasília?
É difícil falar porque tem gente que está há muito tempo no Brasília e não é titular. Pelo histórico não sei, mas tentamos trabalhar e passa a maior confiança possível para o Omar e para que eu possa conseguir estar entre os 11. Não sei dizer se o peso de eu estar a 5 anos no clube faz com que eu jogue. Normalmente o treinador tem a cabeça dele, e o goleiro é uma posição de confiança do treinador.
7- Como está a expectativa para a temporada?
A expectativa pra temporada é a melhor possível. Sabemos do trabalho que está sendo feito, das peças que chegaram, que fortaleceu ainda mais o elenco. O mais importante é o Candangão, que garante vaga na série D por dois anos. Copa Verde e Copa do Brasil são coisas boas, mas são consequências, a prioridade do Brasília é o Candangão. A série D vai garantir o nosso calendário. A nossa responsabilidade é muito grande.
8- Samambaia é um lugar que você se identifica muito. Como você se sente lá?
Moro em Samambaia há 24 anos. É um lugar que eu gosto e vivo desde criança. Conheço todo mundo e todo mundo me conhece e tenho um carinho muito grande.
9- Pessoalmente e profissionalmente, quais são os seu sonhos?
Nessa profissão a gente pode sonhar muito alto, mas sempre com a consciência de que é uma escalada difícil. Tenho sonhos que muita gente não pode nem imaginar. Profissionalmente, já tive muito sonho de ir pra time grande. O sonho não some, mas tenho uma história dentro do Brasília e o Brasília quer ser grande. Se eu tiver a oportunidade de estar aqui quando isso acontecer, quero ficar aqui e fazer ainda mais história no clube. Pessoalmente é comprar várias casas e deixar que a nossa família viva bem, que é o sonho da maioria dos jogadores.
Fonte: Brasília FC
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